Nos próximos dias, o Bahia pode ter uma estreia no Campeonato Brasileiro. A ida de Santiago Arias para a seleção da Colômbia obrigará o técnico Rogério Ceni a escolher um novo lateral direito para o tricolor. Com a disputa aberta no setor, Gilberto e Cicinho brigam pela vaga e a chance de assumir a titularidade na equipe por um bom tempo.
Destaque do time baiano desde o início do ano, Arias tomou conta da lateral direita e foi titular em todos os sete jogos que o Esquadrão disputou na Série A. O colombiano, no entanto, foi chamado pelo técnico Néstor Lorenzo para integrar o grupo que se prepara para a Copa América, nos Estados Unidos, e desfalcará o Bahia nos próximos jogos. Entre as opções para ocupar a vaga, Gilberto aparece como favorito.
Contratado para ser a referência do setor no ano passado, o jogador de 31 anos teve um bom início com a camisa tricolor, mas oscilou na reta final do Brasileirão. Esse ano, Gilberto alternou entre o banco e a titularidade durante o primeiro trimestre, quando Rogério Ceni promoveu um rodízio no elenco. No início da Série A, o camisa 2 acabou perdendo a concorrência para Arias.
Se for o escolhido de Ceni para o duelo contra o Fortaleza, no dia 13 de junho, na Fonte Nova, Gilberto estreará na competição nacional. O jogador, aliás, não atua há quase dois meses. A última vez que ele esteve em campo foi no dia 10 de abril, na vitória por 3×0 sobre o Náutico, pelas quartas de final da Copa do Nordeste. De lá para cá, o tricolor disputou dez partidas sem que o lateral saísse do banco de reservas.
Apesar do tempo sem jogar, Gilberto goza de prestígio no Esquadrão. O lateral foi uma das apostas do clube baiano, que pagou cerca de R$ 13 milhões para comprar o atleta em definitivo junto ao Benfica. Na atual temporada, ele participou de 14 jogos, sendo 12 na condição de titular, e deu duas assistências.
Outra opção no elenco é o também lateral direito Cicinho. Assim como Gilberto, ele está no Bahia desde o ano passado, mas vive um cenário diferente. Na última temporada, não conseguiu se firmar no tricolor e foi alvo de críticas.
Apesar da expectativa de uma possível saída do clube, ele permaneceu no grupo de Rogério Ceni e chegou a jogar improvisado na lateral esquerda. Esse ano, Cicinho disputou 11 partidas e deu uma assistência. O jogador entrou em campo pela última vez nos minutos finais do triunfo sobre o Fluminense, por 2×1, na segunda rodada do Brasileirão.
SEQUÊNCIA LONGA
Independente de quem será o novo dono da lateral direita, o Bahia sabe que ficará um longo tempo sem Santiago Arias. Inicialmente convocado para os amistosos da Colômbia contra Estados Unidos e Bolívia, a tendência é de que ele permaneça no grupo que disputará a Copa América nos Estados Unidos – alguns atletas serão cortados da lista inicial. Por isso, desfalcará o tricolor em pelo menos sete rodadas do Brasileirão.
Caso a Colômbia avance à final, o período do lateral longe do Esquadrão pode chegar a 11 jogos, já que a final da Copa América está marcada para 14 de julho. Por decisão da CBF, o Campeonato Brasileiro não será paralisado durante a disputa da competição continental.
Mesmo com Rogério Ceni tendo consolidado uma equipe titular desde o início da Série A, os jogadores do banco têm sido fundamentais para manter o clube baiano na vice-liderança do torneio. A eficiência dos reservas, inclusive, foi elogiada pelo técnico.
“Acho que trabalhar com triunfos, vitórias, ajuda o treinador. Nossas mudanças são mais da linha do meio de campo para frente em todos os jogos. Tentamos sustentar a linha defensiva com os quatro lá atrás e trocamos os jogadores de frente. Arias vai para a seleção daqui a pouco, vamos usar Gilberto e Cicinho. Juba é basicamente nosso único lateral-esquerdo. Acho importante quem entrar mostrar que está pronto. Vai brigar pela oportunidade de conquistar a posição. É assim que funciona o futebol. O Cuesta é um jogador fantástico, mas saiu do time e Kanu ganhou a posição, o campo fala”, analisou.
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/