A hepatite B é uma doença infecciosa que ataca o fígado e é causada pelo vírus da hepatite B (HBV).
Essa infecção pode se desenvolver de forma aguda ou persistir por mais de seis meses, quando é chamada de hepatite crônica. Essa forma persistente da doença requer mais atenção, já que pode evoluir para doenças como cirrose e câncer primário do fígado.
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Pessoas não vacinadas podem ser contaminadas principalmente por contato sexual com pessoas infectadas, uso de objetos cortantes contaminados como alicates, tesouras e lâminas de barbear ou uso de drogas injetáveis.
“A vacina contra hepatite B é eficaz, segura e gera proteção contra a doença pelo resto da vida na grande maioria das pessoas. Administrada por via intramuscular em três doses no período de seis meses, ela está disponível nos Postos de Saúde gratuitamente para todas as idades”, explica Patrícia Almeida, hepatologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Toda gestante deve fazer o teste para hepatite B no pré-natal, já que o vírus pode ser transmitido ao recém-nascido durante o parto.
A única maneira de saber se uma pessoa está ou não com a doença é através de exames de sangue. Os testes podem definir se a pessoa já teve a hepatite B e está curada; se está com a infecção crônica ou se nunca entrou em contato com o vírus.
Os exames de sangue podem ser realizados por punção venosa ou pela punção na ponta do dedo, o chamado teste rápido, que está disponível em Centros de Testagem e Aconselhamento, Unidades de Testagem Móvel e nos Postos de Saúde.
Esse tipo de teste é oferecido de maneira gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e não tem a necessidade de pedido médico. O resultado para esse tipo de teste saí em apenas cinco minutos.
“A infecção pode ser assintomática por longos períodos. Algumas pessoas podem ter mal-estar, febre, pele amarelada (icterícia), fezes claras (acolia), alterações nas enzimas hepáticas, náuseas e vômitos”, explica Sumire Sakabe, infectologista do Hospital Nove de Julho.
Além disso, a hepatite B crônica pode evoluir para doenças mais graves como cirrose, insuficiência hepática e até câncer de fígado.
“Na doença crônica com inflamação ou fibrose, a orientação é o tratamento com medicamentos por via oral que são distribuídos pelo SUS, como o Tenofovir Alafenamida, o Tenofovir Disproxil ou o Entecavir. Todos os medicamentos devem ser tomados somente com indicação e orientação médica”, acrescenta Mônica Valverde Viana, médica hepatologista e preceptora do Serviço de Gastroclínica e Hepatologia no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE).
Ainda segundo os especialistas ouvidos pela CNN, é importante o uso correto das medicações para evitar que o vírus desenvolva resistência aos remédios e, principalmente, a reativação do vírus no corpo. Por isso, o tratamento com os antivirais não deve ser interrompido.
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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/