Depois de associações e sindicatos da Polícia Civil protestarem contra o empoderamento da Polícia Militar, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, resolveu recuar e prometeu a criação de um grupo de trabalho que vai avaliar a possibilidade de expandir a competência das duas polícias.Os protestos começaram depois que o secretário deixou a Polícia Civil de fora de uma operação montada pelo Gaeco, grupo do Ministério Público que combate o crime organizado, para prender suspeitos envolvidos com o PCC.O Sindicato dos Delegados de Polícia de São Paulo (Sindpesp) e a Associação dos Delegados da Polícia Civil do estado (Adepol) reclamaram da medida, defendendo que, neste tipo de caso, a atribuição é da Polícia Civil. Leia Mais Mas a crise escalou com a proposta de Derrite de permitir aos PMs que fizessem termos circunstanciados de ocorrência, uma prerrogativa até então da Polícia Civil, apenas.Para acalmar os dois lados, Derrite convocou uma reunião com a cúpula das polícias, realizada na noite de segunda-feira (22). O grupo terá dois representantes de cada corporação – Polícia Militar, Civil e Científica – e deve concluir os trabalhos em 45 dias.“Deixando claro que aqui em São Paulo a gente não quer que nenhuma instituição invada a competência legal de outra”, disse ele em vídeo divulgado sobre o tema.A ideia de permitir à PM fazer termos circunstanciados de ocorrência foi revelada pelo portal Metrópoles. A medida permitia que os PMs fossem a campo em diligências e pedissem exames, além de apreender provas.O projeto também recebeu críticas da OAB-SP, que disse que a ideia era “inconstitucional”.
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/