Lula diz a presidente da França que quer conhecimento nuclear para garantir paz e não guerra

Política

Com promessas de fortalecimento na parceria entre Brasil e França, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Emmanuel Macron participaram nesta quarta-feira (27), no Complexo Naval de Itaguaí, no Rio de Janeiro, do lançamento ao mar do submarino Tonelero, construído totalmente no Brasil, com tecnologia francesa.A embarcação integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), resultado da parceria firmada entre os dois países em 2008, com orçamento em torno de R$ 40 bilhões. Leia Mais Durante o discurso, o presidente Lula falou da importância de trocar conhecimentos científicos e tecnológicos com a França e destacou que o Brasil quer conhecimento nuclear para garantir paz e não guerra.“Presidente Macron, quando voltar para a França diga aos franceses que o Brasil está querendo os conhecimentos da tecnologia nuclear não para fazer guerra. Nós queremos ter o conhecimento para garantir paz a todos os países que querem paz. Saiba que o Brasil estará ao lado de todos eles, porque a guerra não constrói, a guerra destrói”, disse.O petista completou:“Hoje, sabemos que existe um problema muito sério contra o processo democrático no planeta. E nós sabemos que essa parceria com a França vai permitir que dois países importantes se preparem para que a gente possa conviver com essa diversidade sem se preocupar com guerra porque somos defensores da paz.”O presidente Emmanuel Macron, em um discurso convergente, disse ter a convicção que Brasil e França podem abrir uma nova página de uma parceria estratégica.O líder francês chegou ao Brasil na terça-feira (26) para a primeira visita bilateral a um país da América Latina desde que assumiu o poder, em 2017.A viagem de 3 dias ao Brasil incluiu visitas a Belém, no Pará, ao Rio de Janeiro, depois São Paulo e, por último, Brasília.A visita tem caráter simbólico importante já que Macron e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tiveram uma relação com abalos. O encontro com Lula marca uma reaproximação entre os dois países.