A seis meses das eleições, Boulos, Nunes e Tabata começam “caça aos padres”

Política

Os pré-candidatos à prefeitura de São Paulo deram a largada na tradicional romaria em busca do apoio de lideranças religiosas.Nos últimos dias, as equipes de Ricardo Nunes (MDB), Guilherme Boulos (PSOL) e Tabata Amaral (PSB) começaram a marcar encontros privados com padres e pastores para falar sobre os planos para a cidade.Na terça-feira (26), Boulos visitou Dom Carlos Silva, vigário episcopal da região da Brasilândia, na zona norte da cidade. Leia Mais Interlocutores do pré-candidato dizem que o movimento ainda vai se estender a outros líderes católicos, especialmente na periferia da cidade e regiões mais pobres.Nesse aspecto, Ricardo Nunes leva vantagem. Ele frequenta a Paróquia Nossa Senhora da Imaculada Conceição, em Interlagos, zona sul, e tem bom trânsito com a cúpula da Igreja Católica em São Paulo.Mas Nunes não se limitará aos católicos. A presença do Republicanos na chapa deve ajudar na interlocução com os evangélicos. O partido é ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.Entre as lideranças evangélicas buscadas por Nunes estão o apóstolo Estevam Hernandes Filho, ministro neopentecostal da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, e o Bispo Samuel Ferreira, da Convenção Nacional das Assembleias de Deus no Brasil.Há pelo menos dez líderes evangélicos já mapeados como potenciais facilitadores da campanha do atual prefeito.A campanha de Tabata vai apostar em um nome: o pastor Renato Galdino, da Assembleia de Deus, ministério de Santo Amaro. Galdino foi indicado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, mas já atuou nas campanhas dos então candidatos Celso Russomano (Republicanos) e Fernando Haddad (PT).Para Boulos, a ponte com os evangélicos vai ser Marina Silva (Rede). Além de ajudar a atrair o eleitorado, a equipe dele entende que Marina pode diminuir a resistência entre os eleitores evangélicos, mais tradicionais, ao perfil de esquerda do pré-candidato.