Cientistas estão animados com sete estrelas na Via Láctea que podem ter megastructuras alienígenas, especificamente esferas de Dyson. Essas construções hipotéticas, propostas pelo físico Freeman Dyson em 1960, seriam construídas por civilizações alienígenas superavançadas para aproveitar a imensa produção de energia de suas estrelas ou buracos negros. Uma esfera colossal encapsulando uma estrela inteira ou um enxame de espelhos gigantes absorvendo energia pode parecer ficção científica, mas alguns cientistas acreditam que pode ser real.
Pesquisadores estão à procura de sinais dessas esferas de Dyson, procurando por emissões excessivas de infravermelho (IEEs). Se uma esfera de Dyson existisse, ela prenderia o calor de sua estrela e irradiaria uma grande quantidade de energia infravermelha. Portanto, astrônomos escaneiam os céus em busca de picos incomuns na radiação infravermelha, que poderiam ser uma tecnoassinatura de vida alienígena avançada. Além das IEEs, eles também procuram sinais de rádio estranhos, gases de efeito estufa em atmosferas alienígenas e luz artificial.
Um estudo recente, publicado Monthly Notices of the Royal Astronomical SocietyMonthly Notices of the Royal Astronomical Society em 6 de maio, escaneou mais de 5 milhões de estrelas usando dados de vários observatórios, como a espaçonave Gaia da Agência Espacial Europeia, WISE da NASA e 2MASS. O resultado? Sete estrelas se destacaram como fortes candidatas a possuírem esferas de Dyson. Todas essas estrelas são anãs M, menores e mais fracas que o nosso sol, e estão localizadas a menos de 1.000 anos-luz da Terra.
Curiosamente, esta não é a primeira vez que potenciais IEEs foram observadas. Outro estudo, publicado no arXiv em 27 de março, também examinou cerca de 5 milhões de estrelas e encontrou 53 possíveis candidatos a IEE. Não está claro se ambos os estudos usaram os mesmos dados, e note que o estudo de março ainda não foi revisado por pares.
Ambas as equipes de pesquisa tomaram cuidado para evitar falsos positivos. Consideraram fatores como nebulosas ao redor das estrelas que poderiam produzir emissões infravermelhas semelhantes. Mas é complicado descartar outras causas completamente, como discos de detritos extremos. Estas são nuvens massivas de rochas e poeira deixadas por colisões planetárias, que também poderiam emitir grandes quantidades de radiação infravermelha quando aquecidas por suas estrelas.
O próximo passo? Observações de acompanhamento usando ferramentas mais poderosas, como o Telescópio Espacial James Webb. Com medições mais precisas, os cientistas esperam confirmar se essas estrelas realmente abrigam esferas de Dyson ou se outra coisa está causando as IEEs. Além disso, eles estarão atentos a outros sinais de vida extraterrestre inteligente.
Então, a busca está em andamento. Com essas novas observações, podemos estar um passo mais perto de responder uma das maiores perguntas da humanidade: Estamos sozinhos no universo? Se as esferas de Dyson realmente existirem, detectá-las pode ser nossa primeira prova de civilizações extraterrestres muito mais avançadas do que a nossa. Mas, por enquanto, é um mistério tentador que mantém astrônomos e caçadores de alienígenas olhando para as estrelas.