A Agência Espacial Europeia (ESA) compartilhou imagens de formações escuras na superfície de Marte e, em uma das imagens, as manchas se pareciam com aracnídeos terrestres. As estrutras estão perto do polo sul do planeta vermelho.
As informações foram observadas e enviadas para a Terra através do instrumento CaSSIS (Sistema de imagem de superfície estéreo e colorido) a bordo do ExoMars Trace Gas Orbiter da ESA — um módulo de investigação da atmosfera enviado em 2016 pela instituição europeia.
Todas as imagens reproduzidas oriundas de Marte foram compartilhadas pela ESA no dia 24 de abril com o título “Sinais de aranhas de Marte”. A provável data em que os dados para esta imagem foram capturados pelo CaSSIS é 4 de outubro de 2020.
Pesquisadores apontam que, na verdade, as “aranhas” seriam rachaduras no gelo em Marte.
O que seriam as manchas?
Segundo a ESA, essas características se formam quando a luz do sol da Primavera incide sobre camadas de dióxido de carbono depositadas durante os meses escuros de inverno.
A luz solar faz com que o gelo de dióxido de carbono na parte inferior da camada aqueça e se transforme em gás, o qual então se acumula e rompe as placas de gelo sobrejacentes.
O gás emergente, carregado de poeira escura, sobe através de rachaduras no gelo na forma de fontes altas ou gêiseres, antes de cair novamente e se depositar na superfície, criando manchas escuras.
Este mesmo processo cria padrões característicos em forma de “aranha” gravados sob o gelo: os mesmos padrões mostrados nas imagens.
Cidade Inca
As imagens vistas como pequenas manchas com características aracnídeas ficam nos arredores de uma parte de Marte apelidada de Cidade Inca. A Cidade Inca de Marte, formalmente conhecida como Angustus Labyrinthus, exibe uma rede linear, quase geométrica, de cristas — como as ruínas Incas na Terra.
Trata-se de uma formação circular com aproximadamente 86 km de largura, sugerindo ser uma cratera de impacto com cristas formadas por lava.
“Ainda não temos certeza de como exatamente a Cidade Inca se formou”, disseram funcionários da ESA no comunicado. “Pode ser que as dunas de areia tenham se transformado em pedra ao longo do tempo. Talvez materiais como magma ou areia estejam vazando através de camadas de rocha marciana”, explicaram.
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/