Criticado por entidades judaicas e pela oposição por não condenar o ataque do Irã a Israel, o governo brasileiro segue sem previsão de emitir um novo parecer sobre a tensão no Oriente Médio.De acordo com fontes diplomáticas, o Brasil tem a missão de avaliar a situação com calma. E destacam que o mais importante agora é conter a escalada da tensão na região. Leia Mais Em nota divulgada no sábado (13), o Itamaraty pediu “máxima contenção” para evitar uma “escalada” do conflito entre o Irã e Israel, mas não condenou diretamente o ataque iraniano.Segundo autoridades envolvidas na discussão, quando a manifestação brasileira foi emitida o quadro após o ataque do Irã a Israel não estava claro, o que exige uma maior cautela.“O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada”, disse o Itamaraty em nota.No documento, o governo brasileiro ainda disse acompanhar o conflito com “grave preocupação”.Em entrevista à CNN, o embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, afirmou neste domingo (14) que está desapontado pelo governo brasileiro não ter condenado o ataque do Irã a Israel em nota divulgada pelo Itamaraty na noite de ontem.“Eu procurei, mas não achei um tipo de condenação, infelizmente. Fiquei muito desapontado. Acho que quando há este tipo de ataque, e o Brasil aceita isso, ou pelo menos não condena, como disse, fiquei muito desapontado que isso não aconteceu. Espero que não vamos ter que continuar com este tipo de mensagens”, disse Zonshine.Na visão do Instituto Brasil-Israel (IBI), o governo de Lula “perdeu” a oportunidade de condenar um ataque “flagrantemente ilegal”, que pode elevar a instabilidade no Oriente Médio a níveis imprevisíveis. O instituto menciona que países como Estados Unidos, França, Reino Unido condenaram o ataque.Em nota, a Confederação Israelita do Brasil (Conib) disse que o posicionamento brasileiro é “lamentável e frustrante” e vai na contramão do “mundo democrático”. Para a entidade, a “atual política externa do Brasil optou por se colocar ao lado da teocracia iraniana, desviando novamente da linha diplomática histórica de condenar agressões desse tipo.”
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/