O Vitória tem um novo compromisso pelo Campeonato Brasileiro na noite desta quarta-feira (17), quando encara o Fortaleza pela 17ª rodada. No início da preparação para enfrentar o adversário, o elenco do clube baiano foi pego de surpresa com a notícia de que dois jogadores do Vitória foram agredidos por uma torcida organizada. Durante entrevista coletiva, o zagueiro Bruno Uvini lamentou o episódio, mas garantiu que os atletas estão focados na próxima partida.
“O que acontece fora daqui a gente não controla. Como não deixar afetar? Com a blindagem que temos do professor Carpini. O mais importante é o Vitória. Nosso foco é no jogo, em buscar os três pontos. O pensamento é no Fortaleza. Situação delicada que o clube está tomando as providências com a diretoria. Caso triste de se ver. A gente nunca quer que nada no futebol chegue a esse ponto”, lamentou o zagueiro.
“E não só aqui que tem acontecido isso. Inclusive, aconteceu na final da Copa América agora. A gente pede para as pessoas nesse mundo de hoje, das redes sociais, de tudo isso… Acho que tem que ser em conjunto, de jogadores e equipe, com comprometimento do lado de cá e vontade dentro de campo, com torcida do lado de fora apoiando. Desse jeito as coisas funcionam”, complementou.
A tendência é de que o técnico Thiago Carpini escale o defensor entre os titulares contra o Fortaleza. De fora por sete jogos com uma lesão na posterior da coxa, o zagueiro se tornou peça importante dentro do elenco por ser o único destro dentre os zagueiros disponíveis no clube. Apesar da necessidade de haver um atleta com a sua característica no plantel, o jogador não se vê pressionado.
“O futebol em si demanda de todo mundo. Se tivesse dois, três jogadores, demandaria disputa positiva, com cobrança igual. Estou aqui para ajudar. O professor sabe que pode contar comigo. Se ele optar por alguma coisa diferente a gente respeita. Quando sou chamado a jogar, a gente faz o melhor. É um dia de cada vez. Às vezes colocam uma competição onde não tem”, disse.
A trajetória de Bruno Uvini no clube tem apenas sete jogos, mas já soma minutos importantes. De uma estreia como titular em um clássico contra o Bahia até uma falha contra o Botafogo, pela Copa do Brasil, o gaúcho enfrentou críticas da torcida pelo desempenho dentro de campo. O atleta reconheceu o início difícil, mas prometeu estar se dedicando para entregar o melhor ao torcedor do Leão.
“Sempre fui um lutador na minha carreira. Quando aceitei o desafio do Vitória sabia que não seria fácil o começo. É uma reestruturação. Estamos nos descobrindo como grupo. Tivemos uma troca de comando que demanda adaptar ao novo trabalho. E eu peguei o caminho andando já. Como se fala no futebol, trocar o pneu com o carro andando. Já tive que entrar e, logo de cara, um clássico. É dedicação. Estou me dedicando e tenho muita vontade de ser bem sucedido no clube. Tenho vontade de retribuir. Não importa o começo, mas como termina”, afirmou.
Comprometimento do time
“Desde o início desse novo modelo de trabalho, com nova comissão, o professor sempre pontuou que gostaria que estivesse no dia a dia quem realmente tivesse vontade de estar aqui e ajudar o Vitória. Não é uma missão fácil que nós temos esse ano. Quem tem experiência no Brasileiro sabe que não é fácil retomar na Série A. Demanda 200% de todos que estão aqui, não tendo espaço para nada além da dedicação total”.
Motivação do time
“Consciente do trabalho. Mesmo quando perdeu alguns jogos sabe que está entregando bom trabalho. Detalhes para serem consertados de colocar esse bom trabalho e trazer resultado. Não adianta só jogar bem. E sair de campo com confiança, com confiança que jogamos de igual com um dos líderes do campeonato. Acho que a gente se acertou como time, como equipe. Temos uma mentalidade bem definida, estamos jogando de igual para igual com todo mundo. E tomara a Deus que a gente comece a colher o resultado na próxima partida”.
Ficar de fora dos jogos
“Com certeza. Mesmo quando estivesse machucado intensifiquei. Não é fácil ficar fora. A coisa mais difícil para o atleta é não ter o dia a dia, as viagens, a resenha do vestiário. É para isso que a gente trabalha. Não é o salário. Mas é poder viver essa sensação. E quando está machucado, te tira isso. Tinha vontade de voltar, me preparei bem. Me sinto totalmente apto para voltar a ajudar a equipe”.
Recuperação de lesão
“Era um processo, uma lesão chata. Posterior de coxa, quem conhece um pouco, sabe que demanda todos os exercícios. Não tem como ir se não tiver 100%. Óbvio que o jogador tinha a ansiedade, a gana de estar em campo. Mas tem que ter cabeça fria, ser inteligente para voltar progressivamente e não perder mais jogos. Foi uma decisão em conjunto, acertada, de volta progressiva. E me preparar 100%. Como chegou agora a oportunidade, me sinto totalmente apto”.
Apto a jogar
“Velocidade, força, trabalho não faltam aqui. Temos que jogar contra grandes jogadores no treino. Nos preparamos para o que pode acontecer. Todas as equipes têm jogadores de qualidade. Enfrento todos os adversários com o máximo de respeito”.
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/