Com recorde de filiados, Novo vê eleições municipais como passo para ser sigla de porte médio em 2026

Política

As eleições municipais de 2024 são tratadas como um passo fundamental dentro do Novo para, na disputa de 2026, atingir resultados de partido de porte médio – em outras palavras, superar a cláusula de desempenho e recuperar instrumentos de atuação perdidos dois anos atrás, para buscar mais protagonismo na atuação como partido de direita e oposição à esquerda.Em março, a sigla atingiu a marca de 50 mil filiados – um mês antes, a título de comparação, havia superado a Rede nesse quesito, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A meta era chegar a esse patamar em agosto, de acordo com o presidente nacional do Novo, Eduardo Ribeiro.“Somos hoje o partido com maior saldo de filiações do país. Havíamos programado disputar eleições em cerca de 300 municípios, mas a ideia é chegar próximo das 500 cidades”, disse o dirigente à CNN. Leia Mais Em 2020, o Novo havia conquistado uma prefeitura, Joinville, maior cidade de Santa Catarina em número de eleitores. De lá para cá, filiou mais três prefeitos, dos quais dois são em Minas Gerais (Divinópolis e Patos de Minas), estado que é governado pela sigla desde 2018, com Romeu Zema.Depois de uma disputa interna acirrada, que levou à saída do fundador da legenda, João Amoêdo, o Novo adotou novas posturas relacionadas ao funcionamento interno da sigla, de modo a tornar a gestão profissionalizada, segundo Ribeiro.A mudança mais significativa é a decisão de usar os rendimentos de cerca de R$ 100 milhões recebidos do Fundo Partidário – até então, candidatos do Novo dependiam apenas de doações privadas. São cerca de R$ 1 milhão por mês, que se somam a outros R$ 1,5 milhão recebido dos filiados.Com isso, o Novo almeja não só aumentar a capilaridade nacional e o número de prefeitos e vereadores em 2024, mas preparar a legenda para ampliar a bancada de deputados federais em 2026 e, com isso, superar a cláusula de desempenho.“Quando o Novo foi fundado, o financiamento das campanhas era 80% privada e 20% pública. Hoje essa equação se inverteu e precisamos nos adequar a essa realidade, por mais que discordemos desse volume de dinheiro público para essa destinação”, afirma Ribeiro. “Em 2026, será o ano de darmos all-in.”O partido Novo alcançou um novo marco ao atingir a marca de 50 mil filiados,“Esse crescimento surpreendeu a todos nós, a expectativa era de chegar a 50 mil filiados apenas em agosto. Havíamos programado inicialmente disputar eleições em cerca de 300 municípios, mas já estamos em quase 350, e a projeção é passar de 400”, destacou Eduardo Ribeiro, presidente do partido Novo.Com um aumento de 1500 novos membros apenas na última semana, o Novo vem registrando um crescimento constante. Em 12 de março, o partido havia batido o recorde de filiações desde sua fundação, com 46.623 correligionários, representando um aumento de 50% em relação ao ano anterior (12 de março de 2023 a 12 de março de 2024).Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgados pela imprensa, o Novo se destaca como o partido que mais teve filiações entre todas as siglas brasileiras entre novembro de 2023 a fevereiro de 2024.Das 29 siglas existentes, apenas o Novo e mais dois partidos tiveram aumento no número de correligionários. Todos os outros partidos mais perderam membros do que ganharam entre novembro de 2023 a fevereiro de 2024.Atualmente, o Novo é o principal partido de direita no Congresso Nacional, em que pese o histórico de votações contrárias ao governo do PT em 2023.O partido manteve posicionamentos firmes em questões como: liberdade econômica, de expressão e de imprensa, combate à corrupção, fim de privilégios no setor público e busca por uma estrutura mais eficiente e transparente na política brasileira.“Nós do Novo reiteramos o compromisso com a construção de um Brasil mais justo, livre e transparente, e seremos oposição ao governo Lula até o fim”, concluiu o presidente Eduardo Ribeiro.