Garrafas de água reutilizáveis não higienizadas — como as que carregamos ao trabalho ou à escola — podem representar um risco para a saúde. De acordo com especialistas, quando os recipientes não estão com a higiene em dia, diversos microrganismos, incluindo bactérias e até mesmo fungos, podem ficar abrigados ali e causar algum dano à saúde.
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Os microrganismos estão por todo lado: na boca, no ar que respiramos e nas superfícies que tocamos com as mãos (e depois levamos as mãos para as garrafas, potencialmente transportando os microrganismos para ela). Tudo isso pode resultar em uma contaminação do interior da garrafinha.
“Podemos ter uma série de doenças relacionadas a essas a ingestão de microrganismos, sendo as mais frequentes as doenças intestinais, como diarreia, vômito e infecções”, explica a professora Viviane Alves, do Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (ICB – UFMG).
Mas não é preciso jogar a garrafinha fora. Alguns cuidados simples e rápidos podem garantir que ela continue sendo sua parceira na hidratação.
“As garrafinhas que possuem canudos requerem ainda mais cuidado porque nesses canudos ficam resquício de saliva e os microrganismos podem crescer ali. Então é importante lavar também esses componentes menores dessas garrafinhas que têm esses acessórios”, acrescenta Viviane.
“Usar água e sabão e a água sanitária é o suficiente para a higienização total. Não existe a necessidade de fazer uso de água quente ou vinagre, até porque este último apresenta muita acidez e pode danificar o material da garrafa”, acrescenta Alexandre Inácio Cruz, microbiologista do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE).
Se a garrafa estiver com algum cheiro desagradável e o odor persistir mesmo após a limpeza mais profunda, o indicado é descartar a garrafinha e adquirir uma nova.
“Não existe um modelo que tenha menos propensão de causar problema, porém, garrafas que no seu design apresentam ranhuras ou fissuras podem apresentar maior acúmulo de matéria orgânica e maior dificuldade na hora da limpeza, o que pode facilitar a presença de bactérias”, explica Alexandre.
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/