O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viaja na próxima semana a Kazan, na Rússia, para a Cúpula dos BRICS. O evento é realizado entre 22 e 24 de outubro.
De acordo com o Itamaraty, o grupo de países devem discutir os avanços nas negociações para adotar uma moeda alternativa ao dólar nas trocas comerciais entre os integrantes do bloco.
Outro tema prioritário é a criação de uma categoria de “países parceiros” dos BRICS. Em 2023, o bloco aprovou a adesão de seis novos países como membros permanentes e recomendou a associação de parceiros.
Desde então, os países vêm trabalhando na definição de funções desses possíveis novos países e de critérios para a filiação deles. Dentre esses critérios estão ter uma boa relação diplomática com todos os membros permanentes e defender de forma ativa uma reforma no Conselho de Segurança da ONU.
Após a discussão na Cúpula, o bloco deve divulgar a lista de países convidados a integrar a nova categoria. De acordo com o governo, o Brasil não vai indicar países.
O Itamaraty informou ainda que temas globais, como o conflito no Oriente Médio, estão na agenda de discussão. Segundo a pasta, a guerra entre Rússia e Ucrânia pode ser debatida na Cúpula, mas não está na agenda até o momento. A Rússia é a atual presidente dos BRICS.
A Cúpula deste ano será a primeira a contar com a presença dos novos integrantes permanentes, admitidos em 2023: Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia.
Mais de 30 países e organizações internacionais foram convidados pelo governo russo para acompanhar o evento. O presidente Lula pode ter reuniões bilaterais com chefes de Estado durante a viagem, mas ainda não há nenhuma confirmada.
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/
