O deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) encaminhou, nesta segunda-feira (14), um ofício à ministra da Saúde, Nísia Trindade, solicitando a retestagem de todos as pessoas que fizeram exames no laboratório envolvido no caso de infecção de pacientes com HIV após receberem órgãos transplantados no Rio de Janeiro.
O parlamentar também informou que pediu cópia de todos os contratos administrativos do laboratório e a remessa do material para o Tribunal de Contas da União (TCU).
“O caso é gravíssimo em termos de saúde e expõe as promíscuas relações entre políticos do Rio e interesses privados”, escreveu Motta nas redes sociais.
A CNN confirmou que os testes foram realizados pelo laboratório PCS Lab Saleme, que possui sede em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O laboratório foi contratado pelo governo estadual para testar os doadores de órgãos. O contrato, firmado pela Fundação Saúde em dezembro de 2023, tinha duração de 12 meses e um valor total de cerca de R$ 11 milhões.
Segundo apurou a CNN, os infectados já estão cientes e órgãos de outros 288 doadores estão passando por nova testagem no estado.
Em nota, a empresa informou que uma sindicância interna apontou indícios de erro humano em dois testes de HIV, que resultou na infecção dos seis pacientes.
Walter Vieira, sócio do PCS Lab Saleme, foi preso por agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) da Polícia Civil do Rio de Janeiro durante a primeira fase da Operação “Verum”, deflagrada nesta segunda-feira (14).
Além disso, o sócio Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira, filho de Walter, foi conduzido pela polícia para prestar depoimento.
A defesa de Walter e Mateus Vieira informaram que repudiam “com veemência a suposta existência de um esquema criminoso para forjar laudos dentro do laboratório, uma empresa que atua no mercado há mais de 50 anos”. “Ambos prestarão todos os esclarecimentos à Justiça”.
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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/