Deputados propõem reserva de 30% para mulheres em diretorias do Comitê Gestor do IBS

Política

O relatório sobre o segundo projeto de regulamentação da reforma tributária propôs a reserva de 30% das cadeiras para mulheres nas diretorias técnicas e instâncias de julgamento que compõem o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). O grupo de trabalho da Câmara dos Deputados sobre o tema apresentou o seu parecer nesta segunda-feira (8).

A Diretoria Executiva faz parte da estrutura organizacional do Comitê Gestor. É formada por nove diretorias técnicas e está subordinada ao Conselho Superior.

A reserva de 30% dos cargos para mulheres também valerá para o preenchimento das vagas da Auditoria Interna e para as três instâncias de julgamento. A intenção dos deputados é incentivar a participação feminina.

O projeto, que ainda será votado no plenário, trata das regras sobre administração e distribuição do novo imposto criado pela reforma. O IBS é de competência estadual e municipal. Ele substituirá o ICMS e o ISS.

Integrantes do grupo de trabalho esperam a votação do texto ainda nesta semana. O deputado Mauro Benevides Filho (PDT-CE) será o relator da proposta no plenário.

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O Comitê Gestor atuará na distribuição das receitas do IBS entre estados, Distrito Federal e municípios, no julgamento de infrações e na transição do atual ICMS para o novo imposto.

De acordo Mauro Benevides Filho, o relatório traz requisitos de qualificações e exigências das pessoas que serão indicadas para o Comitê Gestor. Ele negou que o processo favoreça indicações políticas.

Outra mudança sugerida no parecer é a inclusão de contribuintes para análise de julgamentos em terceira instância.

Como a CNN mostrou, nesta semana a Câmara irá direcionar os trabalhos para avançar com a regulamentação da reforma. O primeiro projeto sobre o tema teve o relatório apresentado na semana passada. O texto trata da criação dos novos impostos determinados pela reforma – o IBS, o Imposto Seletivo e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS).

Para serem aprovados, os projetos sobre a regulamentação da reforma precisam dos votos de pelo menos 257 deputados no plenário, em dois turnos de votação. Depois de aprovadas na Câmara, as propostas ainda serão analisadas pelo Senado.

[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/