Ex diz à PF que Oswaldo Eustáquio “preferiu defender Bolsonaro do que o casamento”

Política

Ex-esposa do jornalista Oswaldo Eustáquio, Sandra Eustáquio prestou depoimento de três horas e meia à Polícia Federal (PF) e apontou divergências em relação aos posicionamentos políticos do ex-marido nas redes sociais.

Na sede da instituição, em Brasília, Sandra foi questionada se concordava com as ações dele, e respondeu que não, apurou a CNN.

A ex, na condição de investigada, também declarou que Eustáquio “optou por defender Bolsonaro [ex-presidente] e a direita ao casamento”. O casal está em crise desde então, segundo pessoas próximas.

Eustáquio, após a derrota do ex-presidente nas eleições de 2022, passou a postar na internet suposições de fraudes nas urnas e de ataques a autoridades brasileiras.

A PF também investiga o paradeiro do celular da filha do casal, de 16 anos. Durante cumprimento de mandado de buscas, os agentes não encontraram o aparelho da adolescente.

A apuração da PF aponta que seria pelo celular da jovem que as postagens eram realizadas, pois as redes sociais de Eustáquio estavam bloqueadas.

Ao delegado do caso, Sandra também apontou que não tinha acesso às postagens feitas nas redes sociais da filha, que era Oswaldo Eustáquio quem gerenciava.

O depoimento da investigada é no inquérito que apura ameaças a autoridades brasileiras e corrupção de menores — no caso, a filha dos dois. O interrogatório foi no mesmo dia em que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu a extradição de Eustáquio às autoridades espanholas.

Eustáquio está morando na Espanha desde o ano passado após ter passado pelo Paraguai e fugido à Inglaterra, conforme revelou a CNN em outubro do ano passado.

A reportagem apurou que a PF enviou ao STF, na semana passada, um relatório com motivos para pedir a extradição do foragido. Com base nesse documento, o ministro Moraes encaminhou o pedido ao Ministério da Justiça, que, posteriormente, encaminha ao Itamaraty.

A PF acredita finalizar esse inquérito, com indiciamento de Oswaldo Eustáquio, “em breve”, segundo investigadores ouvidos pela CNN.

A reportagem procurou a defesa de Sandra Eustáquio, que respondeu que não pode comentar o caso porque ele está sob sigilo.

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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/