Sempre ouvi falar sobre a importância de se aventurar em algo novo, de experimentar o desconhecido. Mas sejamos sinceros: na prática, a gente se acomoda na rotina e acaba deixando esses “desafios” pra depois. Esse ano eu resolvi parar de adiar algumas coisas – uma delas foi a dança. Eu nunca tive nenhuma experiência (ou talento) nessa área, mas sempre amei ver outras pessoas dançando. Mesmo de longe, dava pra perceber a sensação de liberdade e a diversão que elas dividiam ali.
Vez ou outra eu pensava “hm, vou me arriscar”, mas não passava disso. Foi agora, aos 35 anos, que eu resolvi me matricular numa escola de dança. Um pouco hesitante, devo admitir. Minha cabeça alternava entre “vai ser bom me jogar numa atividade diferente” e “será que vou parecer ridícula?”. De qualquer maneira, eu fui. Sem nem saber dar dois passos pra lá e dois passos pra cá, eu fui.
experimentando sempre! #dancatiktok #dance
O primeiro dia foi estranho, porque eu me senti totalmente deslocada. Não das outras alunas que me receberam super bem, mas deslocada de mim mesma. Como se aquela atividade não fosse compatível com o que meu corpo sabia fazer. Enquanto as pessoas iam pra um lado, eu ia pra outro. Se combinasse movimento de pernas e braços então… eu me perdia totalmente.
Foi aí que eu percebi, olhando pro lado, que ninguém tava preocupado em acertar, como se fosse uma grande competição mundial. A gente tava ali pra se divertir, cada uma do seu jeito. Isso me fez perceber que aquela experiência me ensinaria muito mais do que a coreografia da última música da Anitta (até porque eu também não sei essa direito ainda, risos).
Bom, alguns meses e algumas aulas depois, posso dizer que a dança virou parte da minha rotina. As aulas me ajudaram em vários sentidos: a me conhecer melhor, a me libertar das tensões do dia a dia e até a resgatar uma confiança que eu não sabia que tinha. Por isso, eu quis dividir isso com você que me lê aqui no blog – não pra fazer discurso motivacional, mas pra (quem sabe) te inspirar a dar o primeiro passo que você tá adiando há muito tempo.
Fazer algo pela primeira vez, especialmente quando a gente acha que já é “tarde” pra isso, tem um poder incrível. A vitória não tá só no final da linha, mas no começo também. Hoje, olhando pra trás, eu vejo que não foi só sobre aprender a dançar, mas sobre me desafiar, me renovar e perceber que, não importa a idade, sempre tem algo novo pra gente aprender e viver.
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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/