Ao longo do mês de junho, comemoramos uma das tradições mais queridas dos brasileiros: as festas juninas. Além das bandeirinhas, das fogueiras e das muitas comidas típicas, as festas juninas ainda mantêm uma característica muito forte desde que os portugueses trouxeram o costume para o Brasil, ainda durante a colonização, a celebração dos santos católicos do mês de junho.
O mais famoso dentre eles, São João, é festejado no dia 24 pela Igreja Católica. Não à toa, em alguns locais do Brasil, as festas juninas são mais conhecidas como uma celebração de São João. Também são comemorados os dias de Santo Antônio e São Pedro, em 13 e 29 de junho, respectivamente.
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No hemisfério norte, o início do verão no mês de junho era tradicionalmente comemorado por religiões pagãs, com costumes mais antigos que os do cristianismo.
As festas pagãs celebravam a colheita, a fertilidade da terra e a fertilidade humana, mas não eram aceitas pela igreja. Com o tempo, o cristianismo passou a incorporar e substituir as festividades da época por comemorações para os santos católicos de junho.
As festas juninas foram trazidas ao Brasil com a tradição católica pelos portugueses e, com o tempo, foram abrasileiradas com diversos elementos da nossa cultura, nossa culinária e nossa música. Mesmo assim, os três santos católicos do mês de junho seguem sendo celebrados no país.
Conhecido como o “santo casamenteiro”, Santo Antônio é comemorado neste dia por ter morrido em 13 de junho de 1231, tendo sido canonizado um ano depois pelo Papa Gregório IX.
Nascido em 15 de agosto de 1195 na cidade de Lisboa, em Portugal, seu nome de batismo era Fernando de Bulhões. Mesmo tendo nascido em meio à corte real, ele escolheu deixar a corte para ingressar na Ordem dos Franciscanos.
A ele são atribuídos muitos milagres em vida, incluindo curas e premeditações, mas a alcunha de casamenteiro vem das histórias de que Santo Antônio mobilizava as pessoas mais abastadas para arrecadar recursos e prover o dote de mulheres pobres, para que elas pudessem se casar.
O santo mais lembrado nas festas juninas, São João é primo de Jesus, filho de São Zacarias e Santa Isabel. A data é comemorada no dia de seu nascimento, em 24 de junho.
Sua fama é tão grande que, em alguns lugares, ainda hoje, as celebrações são chamadas de “festas joaninas”.
Segundo os relatos bíblicos, São João nasceu seis meses antes de Jesus. Isabel recebeu a visita de sua prima, Maria, e, ainda bebê, João estremeceu no seio de Isabel, pois reconheceu em Maria a mãe do futuro salvador.
Também foi João que batizou Jesus Cristo, que depois o canonizou ainda em vida.
As fogueiras, um dos principais símbolos de nossa festa junina, também estão presentes na história do santo, pois foi com uma fogueira que Isabel teria avisado sua prima, Maria, do nascimento de seu filho, João.
Ele é padroeiro dos doentes e dos casados.
São Pedro foi o primeiro papa da Igreja Católica, tendo o papado mais longo da história, por 37 anos. Ele nasceu no final do século 1 a.C., na Palestina, e recebeu o nome de Simão. Antes de virar apóstolo, ele era pescador.
Um dos discípulos mais próximos de Jesus e líder de seus seguidores, foi o próprio Cristo que mudou seu nome para Pedro, para indicar que ele seria a “pedra” sobre a qual ele ergueria sua igreja, segundo a bíblia.
São Pedro é especialmente venerado no Nordeste, já que a ele é atribuída a responsabilidade e o poder sobre as chuvas. Este saber popular vem de uma passagem da bíblia na qual ele recebe o poder do Espírito Santo e “a chave dos céus”.
É padroeiro dos viúvos, dos pescadores e do papa.
Festa Junina: a história de cinco comidas típicas que não podem faltar
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/