Quem nunca se pegou no vácuo após passar dias — e até semanas — trocando mensagens intensamente com um crush? Quem nunca viu as coisas esfriarem com um parceiro que preferiu focar outra relação? Quem nunca sentiu dificuldade em definir essas situações complicadas vividas na era digital?
Na ânsia de oferecer respostas a essas perguntas e ajudar a catalogar e explicar os percalços das relações modernas, os jovens de países de língua inglesa cunharam termos que já ganharam o glossário dos relacionamentos entre os jovens.
A edição australiana da revista Elle organizou um glossário com a explicação de cada um deles e a CNN selecionou sete, de dentro e fora da lista, para você resumir em um termo as agruras vividas no universo dos dates e se precaver das ciladas que esse mundo pode trazer. Veja abaixo:
Talvez o mais popular termo da lista, “ghosting” é o nome usado nas situações em que a pessoa com quem você vinha se relacionando e trocando mensagens simplesmente desaparecer, como um “ghost” — palavra em inglês que significa “fantasma”.
Recentemente, a cantora Billie Eilish confessou ter sido vítima desse mal, já que havia marcada um date com um cara que, não só não apareceu no encontro, como também não deu satisfação nenhuma. Nunca mais.
Há ainda o “soft ghosting”, isto é, quando o seu crush lê a sua mensagem e até chega a curtir, mas não responde. O ato é quase um aviso de que a pessoa recebeu a mensagem e não quer interagir, diferente do sumiço completo que característica a modalidade principal.
O “love bombing” é um superghosting. O que o diferencia do ghosting é, na verdade, a intensidade da relação que estava sendo nutrida antes do sumiço. O amor era tão grande e profundo, com trocas de confidências, sonhos, planos e muito intimidade, que um dos parceiros “explodiu” e sumiu por não conseguir lidar com seus próprios sentimentos.
Na era dos aplicativos de namoro, não é raro que uma pessoa precise lidar com meia dúzia de relações que se desenvolvem paralelamente. Só que, conforme as coisas se aprofundam, cada crush passa a demandar mais atenção e, como não se pode ter todo o mundo do mundo, é preciso hierarquizar.
É aí que surge o “benching”, termo usado para explicar o ato que tirar o pé de uma relação em benefício de outra que parece mais frutífera, ou mais interessante. É como se você colocasse um dos crushes no banco de reservas — “bench”, do inglês.
Às vezes, uma pessoa pode ficar rondando suas redes mesmo depois que o relacionamento acabou, ou sequer chegou a ser uma relação sólida. Essa é a forma nativamente digital que o crush tem de se manter na sua órbita, isto é, circunda a sua vida para lembrar que ele existe e segue interessado.
“Orbiting” é o termo usado para o ato de curtir suas postagens, visualizar todos as suas coisas, reagir aos seus stories, tudo isso para marcar território, e dizer que ainda é uma opção para você.
“Pocketing”, que em tradução livre significa o ato de colocar uma pessoa no bolso, vem para dar nome às situações em que o parceiro com quem você sai frequentemente não quer te apresentar para os amigos ou para a família. É, segundo a Elle Austrália, o ato de colocar o crush no bolso, o meio termo entre assumir publicamente e descartar de vez.
Quando a pessoa com quem você está saindo esconde de você que está vendo outras pessoas, você está sofrendo “roaching”. Nesse cenário, você navega em águas desconhecidas sem sequer saber que existem outros navios na mesma baía.
A origem do termo vem do fato de que a presença de uma barata (em inglês, “cockroach”) pode indicar que existam muitas outras ocultas. Ou seja, havia uma sensação de exclusividade implícita ou até houve uma negociação e definição da exclusividade como padrão da relação, mas seu crush estava saindo com mais gente.
Alimentar o parceiro à base de migalhas é o significado do “breadcrumbing”. Serve para quando o crush te dá pouca atenção e emprega o mínimo esforço possível para te manter dentro da relação.
Como os apps de relacionamento “arruinaram o namoro” para alguns
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/