As queimadas já devastaram cerca de 70% da terra indígena Arariboia, no sul do Maranhão. A informação consta em um ata de reunião da sala de situação sobre os povos indígenas, monitorada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) desde o início da pandemia.
Segundo o documento, elaborado pelo Ministério dos Povos Indígenas, trata-se de um caso extremamente delicado, pois o território é considerado “o caso mais vulnerável de povos indígenas isolados” no Brasil.
O agravamento dos incêndios no país piorou um cenário que tem sido “crítico e recorrente” na terra indígena, levando a perdas significativas de vegetação. A Fundação Nacional do Índio (Funai) considera ativar um plano de contingência para lidar com a situação.
Também está em andamento a construção de uma Base de Proteção Etnoambiental (Bape) na região, diante da detecção de que atividades ilegais como o garimpo seguem ocorrendo — e já são alvo, inclusive, de apurações na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
A terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, também preocupou os participantes da reunião da sala de situação. A ata descreve que focos de incêndio têm “saído de controle” e “crescido vertiginosamente”.
Foram relatados ainda ataques à Bape da região. A Funai e a Polícia Federal (PF) trabalham para aumentar o policiamento e a segurança das equipes e aprofundar as investigações.
A ata sugere que a terra indígena seja contemplada por uma Brigada Indígena, levando em conta o impacto das queimadas para um território que abarca as nascentes dos principais rios do Estado.
Como atuam as prefeituras no combate das queimadas?
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/