A reunião de líderes que discutiu a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão foi marcada por pedidos para que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), respeitasse o rito regimental para analisar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).Ao decidir sobre as prisões, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que houve obstrução de justiça em organização criminosa.A CNN apurou que durante o encontro dos parlamentares, no entanto, houve quem colocasse em dúvida a existência de flagrante delito de crime inafiançável. Leia Mais A prisão dos suspeitos de mandar Marielle Franco fez os deputados se apressarem em antever um julgamento acelerado. Cogitou-se, inclusive, atropelar a Comissão de Constituição e Justiça e levar o caso de Chiquinho Brazão direto para votação em plenário.Mas nem de perto foi o que aconteceu. O pedido não só foi primeiro para a CCJ, como teve pedido de vista, o que empurrou a votação para abril.A cautela tem como pano de fundo o receio de parlamentares em abrir precedente para outras prisões que considerem questionável do ponto de vista jurídico.Pela gravidade do crime, sob pressão da opinião pública e diante de receios e dúvidas, no entanto, a maioria dos parlamentares deve chancelar a prisão.Nem mesmo o PL, maior partido da oposição, quer entrar nessa briga.