A empresa de tecnologia Sony divulgou na semana passada a capacidade do seu novo robô cirúrgico. A máquina é a primeira a realizar trabalhos super precisos, como suturar um pequeno corte em um grão de milho, demostrado em um vídeo da empresa.
O robô foi projetado para auxiliar em um campo específico: cirurgiões operam em vasos sanguíneos e nervos extremamente pequenos, com diâmetros inferiores a 1 mm, que exigem muita precisão. Os cirurgiões desta área operam geralmente com auxílio de um microscópio.
Como funciona?
A empresa conduziu um experimento com sucesso utilizando a microcirurgia em animais durante o mês de fevereiro na Universidade Médica de Aichi (AMU), no Japão. O sistema rastreia os movimentos das mãos e dos dedos do cirurgião usando um dispositivo de controle.
Ainda em fase de protótipo, o robô foi apresentado como um “dispositivo de cirurgia remota de baixa latência” no qual o cirurgião usa um par de controladores semelhantes a canetas sensíveis ao toque e observa o processo por um pequeno sistema de câmera 3D.
Os movimentos do cirurgião são replicados em um pequeno instrumento que funciona de forma semelhante ao movimento do pulso e permite diminuir a precisão das mãos. Portanto, o robô não trabalha sozinho e realiza os procedimentos com auxílio humano.
Robô de microcirurgia manuseia instrumentos
Segundo a empresa, o sistema busca suprir desafios da robótica auxiliar cirúrgica convencional, como interrupções e atrasos causados pela troca manual de instrumentos cirúrgicos.
A troca automática de instrumentos é possível no robô por meio da miniaturização dos itens cirúrgicos. Vários instrumentos podem ser armazenados de forma compacta próximo ao braço do robô.
Os braços esquerdo e direito podem usar pequenos movimentos para trocar os instrumentos rapidamente sem intervenção humana.
A Sony trabalha com departamentos médicos universitários e instituições médicas para desenvolver e verificar a segurança da tecnologia de assistência robótica. Até agora, o protótipo demonstrou sua capacidade de tornar a microcirurgia acessível a não especialistas.
“São necessários meses ou anos de treinamento extensivo até mesmo para médicos qualificados dominarem essa técnica”, diz o professor Munekazu Naito da AMU, em um vídeo publicado da empresa.
Segundo ele, os resultados demonstraram o controle sobre os movimentos de médicos inexperientes, permitindo-lhes realizar tarefas complexas e delicadas com habilidade semelhante à de especialistas com experiência.
O protótipo é equipado com um micro display OLED 4K tipo 1.3 que fornece aos operadores imagens de alta definição da área e do movimento dos instrumentos cirúrgicos. O objetivo é resolver desafios práticos na área médica e contribuir para o avanço da medicina com tecnologia robótica.
[*] – Fonte: https://www.correio24horas.com.br/