O impacto do diagnóstico precoce no tratamento do câncer de mama

Saúde

Todos nós estamos suscetíveis a desenvolver células cancerígenas, mas o organismo possui elementos considerados “guardiões do DNA”, que, normalmente, eliminam essas células doentes. Acontece que esse sistema de segurança pode falhar — tanto por predisposição genética, como por interferência de aspectos ambientais, como má alimentação, sedentarismo, tabagismo ou consumo excessivo de álcool.

Nas últimas décadas, essa interação com fatores ambientais tornou-se ainda mais desfavorável, o que pode estar relacionado com o aumento da mortalidade pela doença.

O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma conquista importante para o Brasil, mas é crucial reconhecer que a qualidade e o acesso aos serviços de saúde, principalmente quando se trata do tratamento de câncer em níveis avançados, costuma ser inferior quando comparado às redes particulares.

Além disso, os serviços também podem variar consideravelmente entre os diferentes estados brasileiros.

Essa discrepância vem diminuindo, mas, por causa dos custos das novas tecnologias, naturalmente há muitas diferenças entre os tipos de serviços ofertados. Em estágios iniciais do câncer de mama, como 1 e 2, elas são menos perceptíveis. No entanto, em estágios mais avançados, como 3 e 4, elas ficam mais evidentes.

Há diversas formas de prevenção do câncer de mama, como manter hábitos alimentares saudáveis, praticar exercícios físicos regularmente, evitar o uso de cigarros e moderar no consumo de álcool. No entanto, o rastreamento é uma estratégia fundamental. E, para isso, ainda não existe nada que substitua a mamografia, mesmo que, em alguns casos, o ultrassom e a ressonância magnética também sejam necessários.

Com relação ao autoexame, é importante ressaltar que, a paciente fazer o toque nas mamas sozinha pode trazer uma falsa tranquilidade e impedir o diagnóstico precoce. Ele deve ser associado aos exames de rastreio, mas não deixado de escanteio, porque representa uma importante forma de autoconhecimento em relação ao próprio corpo.

*Texto escrito pelo oncologista Luis Eduardo Werneck (CRM 9638 PA RQE 73414), diretor clínico do Grupo Oncológica do Brasil

[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/