Muita gente acha que dor de ouvido é tudo igual, mas não é bem assim. O sistema auditivo é dividido em três partes e, dependendo de onde a infecção está localizada, a doença receberá um nome diferente: otite externa, média aguda e média bacteriana.
A otite média bacteriana, como o próprio nome já sugere, ocorre quando existe uma infecção bacteriana na porção média do ouvido, que é a região localizada atrás do tímpano. Ela é uma infecção grave que pode levar a danos permanentes na audição e para o equilíbrio do corpo, principalmente em crianças.
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“As principais causas desse tipo de otite são as infecções das vias respiratórias causadas por bactérias e o acúmulo de secreções na parte posterior do nariz”, explica José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
Essas reações se dão por conta da passagem de micro-organismos das vias aéreas para a orelha, ou mesmo por conta do inchaço das tubas auditivas, o que faz com que as secreções da orelha não sejam adequadamente drenadas para a garganta e se acumulem na orelha média.
Principais sintomas da otite média bacteriana:
O diagnóstico da otite média bacteriana é feito por um médico otorrinolaringologista por meio de exame físico e avaliação do tímpano. O tratamento geralmente inclui antibióticos orais e analgésicos.
“O tratamento inicial é com uso de antibióticos, podendo necessitar, em alguns casos, de drenagem da secreção por meio de uma perfuração no tímpano”, diz o médico Robinson Koji Tsuji, presidente da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).
O uso de medicamentos ou substâncias aplicadas diretamente no ouvido só devem ser feitas com orientação médica.
“Devemos lembrar que deve ser tratado o nariz em conjunto, pois para o ouvido cicatrizar ele deve receber o ar através da tuba auditiva, que fica no fundo do nariz, portanto, se tiver congestionado, o ar não vai conseguir passar corretamente e, sendo assim, o tratamento do ouvido fica mais difícil”, acrescenta Rogério Swensson, que é membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia.
Outros fatores que também podem contribuir para o desenvolvimento da doença são: falta de aleitamento materno e exposição ao tabagismo.
Para prevenção, principalmente em crianças, é importante seguir algumas recomendações como: lavar as mãos com frequência, evitar contato com pessoas doentes, vacinar as crianças contra gripe e pneumococos.
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/