Fazer pausas de dez segundos durante caminhadas é mais eficaz para queimar calorias do que percorrer o trajeto do início ao fim de forma ininterrupta, aponta um novo estudo publicado.
Intitulado “Move less, spend more: the metabolic demands of short walking bouts” (“Mova-se menos, gaste mais: as demandas metabólicas de caminhadas curtas”), o estudo publicado na revista científica Proceedings of the Royal Society B na quarta-feira (16), reuniu dez voluntários.
Esses voluntários foram monitorados enquanto caminhavam em uma esteira em três velocidades diferentes e com intervalos divididos entre três segundos a quatro minutos.
Os pesquisadores registraram o nível de oxigênio consumido por cada um dos participantes e as demandas metabólicas de cada intervalo.
Os testes determinaram que caminhar com intervalos de dez a 30 segundos exigia 60% mais oxigênio do que cobrir a mesma distância sem parar.
“Quando caminhamos por períodos mais curtos, usamos mais energia e consumimos mais oxigênio para cobrir a mesma distância. É como ter um carro que consome mais combustível durante os primeiros quilômetros do que depois”, explicou Francesco Luciano, pesquisador da Universidade de Milão, responsável por encabeçar o estudo, em comunicado enviado ao jornal The Guardian.
A equipe observou que o corpo necessitava de mais energia para se aquecer no início de cada caminhada e menos quando já estava em movimento.
“Ao começar do repouso, uma quantidade significativa de oxigênio é consumida para começar a andar”, complementou o pesquisador.
Como resultado do estudo, os pesquisadores esperam que suas descobertas ajudem na programação de atividades físicas para pessoas com mobilidade limitada devido a lesões por derrame ou obesidade, levando a práticas mais inclusivas e eficazes.
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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/