Pet no inverno: veja dicas de cuidados com cães e gatos durante clima frio

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Com a chegada do inverno, é fundamental estar atento aos cuidados para proteger cães e gatos durante a temporada mais fria do ano. Segundo especialistas, os pets sentem frio de maneira semelhante aos humanos e podem contrair doenças respiratórias, articulares, e, por conta do clima seco, desenvolver alergias e problemas dermatológicos.

A percepção de frio nesses animais vai depender de alguns fatores. De acordo com profissionais ouvidos pela CNN, raça, idade, tamanho e características individuais, como a densidade e comprimento da pelagem, podem influenciar.

“Raças de cães com pelagem densa, como huskies siberianos, akitas e chow-chow são mais resistentes ao frio, enquanto raças de pelo curto, como chihuahuas, dachshund, galgos e buldogue são mais vulneráveis. Da mesma forma, gatos de pelo curto sentem mais frio que gatos de pelo longo”, explica a médica veterinária Carla Maion.

“Animais menores tendem a sentir mais frio que os maiores”, complementa o médico veterinário Bruno Alvarenga.

Segundo os profissionais, raças como shih-tzu, lhasa apso, yorkshire, pug e buldogue francês ainda estão mais suscetíveis a alterações oftálmicas nesta época, como olhos avermelhados, coçando, com aumento de secreção ou dificuldade para os manter abertos.

Já as alterações respiratórias são mais comuns em animais mais velhos e em raças braquicefálicas, aquelas conhecidas por apresentarem uma cabeça de formato “achatado” e o focinho de tamanho “encurtado”. “Quando presentes, elas costumam se manifestar como alterações dos ruídos respiratórios, dificuldade para respirar, secreção nasal, perda de apetite e redução da atividade do pet”, ressalta Bruno Alvarenga.

Cães e gatos filhotes necessitam de atenção redobrada no inverno. “Sua pelagem é geralmente menos densa, oferecendo menos proteção contra o frio. Além disso, os filhotes têm um sistema imunológico em desenvolvimento, tornando-os mais suscetíveis à doenças e hipotermia”, aponta Carla Maion.

Pensando em proteger os pets do frio da melhor forma possível, a CNN separou, junto com os profissionais especializados, dicas de cuidados para ter com eles durante o clima frio. Confira!

Bruno Alvarenga explica que é essencial manter a casa limpa e evitar exposição à poeira, principalmente proveniente de reformas, que pode causar alergias e problemas dermatológicos nos animais. “Manter as janelas e portas fechadas em momentos com maior concentração de partículas no ar é uma medida importante para proteger seu animal de estimação”, afirma o médico.

Para amenizar estas alterações também é recomendado o uso de umidificadores de ambiente.

Alterações dermatológicas nos animais muitas vezes podem ser evitadas aumentando o intervalo entre os banhos e utilizando produtos veterinários de qualidade, diz Bruno.

“Banhos excessivos podem remover as gorduras naturais que protegem a pele do frio, causando ressecamento e irritação. Recomenda-se banhar os animais uma vez por mês ou conforme a necessidade, dependendo do tipo de pelagem. É crucial secar completamente o animal após o banho para prevenir doenças de pele e respiratórias, e, obviamente, a hipotermia”, indica Carla Maion.

O local de dormir deve ser quente, seco e confortável. “Camas elevadas do chão e afastadas de correntes de ar são ideais. Adicionar cobertores ou acolchoados ajuda a manter o animal aquecido”, diz Carla.

Em regiões com invernos rigorosos, o uso de aquecedores para pets pode ser ainda uma boa pedida, desde que sempre garantindo a segurança para evitar queimaduras ou acidentes.

Segundo os especialistas, o uso de roupinhas é permitido e pode ser benéfico, especialmente para raças de pelo curto, animais idosos e filhotes.

No entanto, as roupinhas devem ser confortáveis e não restringir os movimentos do animal. É também importante escolher roupas que permitam que o animal faça suas necessidades sem dificuldades e que não causem desconforto ou problemas de pele.

A alimentação e hidratação merecem atenção redobrada no inverno. Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes ajuda a manter a energia e o calor corporal dos animais.

“Alguns pets podem precisar de um aumento ou redução na ingestão calórica para compensar o gasto energético adicional necessário para se aquecer ou para se manterem no peso nos casos de maior repouso. No entanto, isso deve ser feito sob orientação veterinária para evitar o ganho de peso excessivo”, explica a médica veterinária.

Já sobre a hidratação, embora os pets possam beber menos água nos dias frios, é essencial garantir que eles consumam uma quantidade adequada de líquidos para prevenir a desidratação. Isso pode ser feito aumentando o número de potes, disponibilizando picolés de frutas e mantendo água limpa e fresca sempre disponíveis, indicam os profissionais.

Atividades físicas devem ser estimuladas durante o inverno para manter os animais saudáveis e evitar o acúmulo de energia que pode levar a comportamentos destrutivos, explica Carla.

“As atividades devem ser adaptadas às condições climáticas, como caminhadas mais curtas ou brincadeiras dentro de casa. A manutenção da atividade física também promove o bem-estar mental dos pets, prevenindo o tédio e promovendo uma vida equilibrada e saudável”, finaliza a especialista.

Caso sejam observadas alterações na saúde ou comportamento do pet, é recomendado buscar um atendimento médico veterinário para obtenção de um diagnóstico e tratamento corretos.

[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/