Ruralistas e evangélicos articulam novo nome para sucessão de Lira

Política

As duas maiores bancadas organizadas da Câmara articulam nos bastidores o nome do presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Pedro Lupion (PP-PR), para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara.Uma conversa com Lira está sendo planejada nos próximos dias para debater com ele a viabilidade do nome. A movimentação tem o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que inclusive já tratou do assunto com o próprio Lupion. Leia Mais Lupion agrada as duas bancadas porque é um nome independente do Planalto, mas que poderia servir também ao governo tanto para eliminar a influência de Lira nos dois próximos anos quanto para fazer a conexão dos dois setores com o governo. Ruralistas e evangélicos são muito vinculados ao bolsonarismo.Além disso, parte da bancada evangélica ainda tem dúvidas sobre apoiar completamente o nome colocado do segmento, o do vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos). Desde o governo Bolsonaro, há indisposição de algumas lideranças evangélicas com influência na bancada com Pereira. Como o do pastor Silas Malafaia.Questionado, Malafaia disse à CNN que, “se ele for candidato apoiado pelo PT, tem o meu veto”. “Isso é logico. O Lula que fala que é comunista, que combate costume, família e pátria, como apoiar? Agora, se ele é candidato e não é apoiado por esse governo, não tenho nada contra”.Dentre os ruralistas que tentam viabilizar o nome de Lupion, a estratégia é fazer com que a união de frentes parlamentares que levou a um grupo em defesa da reforma tributária feche com seu nome.Os articuladores apontam que para o plano sair do papel é preciso mais convencer Lira do que Lula. O presidente da Câmara até agora não defendeu com ênfase nenhum dos nomes colocados.Embora o líder do União Brasil, Elmar Nascimento, seja visto como seu preferido, Lira já sinalizou a Marcos Pereira ter simpatia pelo seu nome e também pelo de Dr. Luizinho (PP), seu correligionário.Certo é que a profusão de nomes, a distância da eleição, que só ocorre em fevereiro de 2025, e a incerteza sobre o tamanho que cada partido vai sair das eleições municipais ampliam incertezas sobre quem comandará a Casa.
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