Um problema com a empresa de segurança cibernética CrowdStrike causou um apagão cibernético mundial que afetou as companhias aéreas, sistemas de comunicação, bancos e hospitais de diversos países.
Estes apagões de sistemas on-line costumam acontecer quando algum serviço ou plataforma utilizado por muitas empresas diferentes sofre algum problema.
Nesta sexta-feira (19), a plataforma da CrowdStrike chamada Falcon, utilizada por diversas grandes corporações para detectar e impedir ameaças de hackers, apresentou um defeito em uma atualização de conteúdo nos sistemas operacionais Microsoft Windows — o que causou a interrupção no sistema das empresas de todo o mundo que utilizam o antivírus.
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Estes apagões nos lembram de que mesmo as grandes empresas, que parecem tão sólidas, estão sujeitas às falhas da tecnologia. E não é a primeira vez que elas acontecem.
No dia 4 de outubro de 2021, os serviços da Meta — Facebook, WhatsApp, Instagram e Menssenger — caíram após uma grande instabilidade da plataforma da empresa.
Os aplicativos ficaram fora do ar por seis horas após um erro que, segundo a Meta, ocorreu pois “mudanças de configuração nos roteadores de backbone que coordenam o tráfego de rede entre nossos data centers causaram problemas que interromperam essa comunicação”.
Como a falha também afetou a própria empresa, os funcionários tiveram que reiniciar manualmente os sistemas, e chegaram a ter problemas para acessar o prédio e os hardwares necessários para a correção.
O apagão da Meta foi tão longo que teorias da conspiração começaram a circular nas redes sociais, dando origem a diversos memes.
A Fastly é uma empresa provedora de rede de distribuição de conteúdo (CDN) baseado em nuvem. E embora seu nome não seja tão conhecido, as empresas que usam seus serviços são.
A falha gerou uma interrupção de cerca de uma hora em sites como Amazon, Reddit, Twitter, Spotify, diversos jornais e portais de notícias, e até o site oficial do governo do Reino Unido.
Segundo a empresa, a falha aconteceu por conta de um bug não detectado que foi ativado após um dos clientes mudar suas próprias configurações de sistema, o que acabou afetando 85% da rede da Fastly.
Em 2017, uma queda nos sistemas da companhia aérea British Airways causou atrasos nos voos a nível mundial, com mais de 75 mil pessoas afetadas. Todos os voos dos aeroportos de Heathrow e Gatwick, em Londres, tiveram que ser cancelados no dia 27 de maio, o site e os call centers da empresa também pararam de funcionar.
A falha foi causada após uma queda no fornecimento de energia, que foi desligado acidentalmente por um dos funcionários da companhia, segundo a Reuters.
A queda nos sistemas do Google pode ter durado 45 minutos, mas seu impacto foi sentido no mundo todo. Todos os serviços da empresa foram afetados, como Gmail, Google Drive, YouTube, Google Calendar, Google Maps, entre outros.
De acordo com a empresa, ocorreu um problema com o espaço de armazenamento nas ferramentas de autenticação do Google porque o sistema falhou em liberar mais espaço automaticamente quando necessário.
A empresa, que lida com segurança de aplicativos e gerenciamento de desempenho, também é a fornecedora de sistemas de nomes de domínio (DNS) para diversas grandes corporações.
Em 21 de outubro de 2016, quando o sistema da Dyn caiu, as empresas que usavam seu DNS também caíram: Spotify, Twitter, Netflix, Airbnb, Amazon, Spotify, PlayStation, entre outras.
Neste caso, o problema foi causado por um ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) — no qual invasores sobrecarregam um servidor com tráfego malicioso, travando o sistema –, que se tornou um dos maiores da história.
Entenda a falha cibernética global que afetou voos, bancos e hospitais
[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/