Sexta-feira 13 é um dia de azar? Saiba o que diz o tarô

Moda

Você tem medo, evita reuniões importantes, não passa debaixo de escadas e desvia o olhar de espelhos durante a tão “temida” sexta-feira 13? Se sim, talvez você faça parte do time de supersticiosos que escolheram acreditar na fama “negativa” do numeral.

Muitos atribuem que a má reputação do 13 vem de séculos e que se originou do Código de Hamurabi, que supostamente teria omitido uma 13ª lei de seus códigos legais escritos. No entanto, na realidade, isso foi apenas um erro cometido por um dos tradutores que simplesmente deixou de fora uma linha de texto.

Essas crenças persistem até mesmo entre algumas mentes conhecidas. O compositor austro-americano Arnold Schoenberg, por exemplo, sofria de triscaidecafobia (medo do número 13) de forma tão intensa que chegou a omitir a numeração do compasso 13 em algumas de suas obras mais tardias, optando por usar a notação “12a” em seu lugar.

Sobre o dia da semana, a visão negativa teria origens que combinam influências religiosas e culturais. Para alguns cristãos, a sexta-feira é considerada um dia de azar, pois foi nesse dia da semana que teria ocorrido a a crucificação de Jesus Cristo.

Já o frenesi em torno da sexta-feira 13 ganhou força no século 20. Muitos atribuem isso ao livro de Thomas Lawson, “Friday, the Thirteenth”, que narra a história de um corretor de ações que escolhe esse dia especificamente para deliberadamente causar uma quebra no mercado financeiro.

Em 1908, o “The New York Times” foi um dos primeiros veículos de comunicação a reconhecer as superstições associadas à data. Anos depois, na década de 1980, a popularidade da franquia de filmes “Sexta-feira 13“, estrelada pelo assassino Jason Voorhees, contribuiu ainda mais para consolidar esse fenômeno cultural.

Mas o que o universo místico, especialmente o tarô, tem a revelar sobre essa data? Em entrevista à CNN, a taróloga e terapeuta holística integrativa Solange Martins esclarece que essas antigas superstições que trazem a sensação de “azar” não possuem ligações com as cartas.

“Ao longo do tempo, os homens transformaram a sexta-feira 13 em um símbolo de mistério e maldade, associando a data a energias negativas. Contudo, essa visão sombria parece estar mais ligada a superstições e ao medo coletivo do que a algo real. Se a sexta-feira 13 fosse realmente uma data tão negativa, como explicaríamos o nascimento de uma criança, a celebração de um casamento ou a realização de uma transação bancária nesse dia? Seriam os hospitais impedidos de fazer cirurgias nessa data? Isso revela o quanto esse receio é mais construído pela imaginação do que pela verdade”, opina Solange.

No tarô, o número 13 representa a carta “A Morte” ou “Ceifeiro“, que, apesar de seu nome assustador, não deve ser interpretada de forma literal ou negativa. Para quem consulta as cartas, a data pode ser vista como uma oportunidade de reflexão e transformação.

Ainda segundo a taróloga, “a carta de número 13 é um símbolo profundo de transformação. Ela representa a transição entre ciclos, o abandono de velhas camadas para dar lugar a novas atitudes e valores, tanto morais quanto pessoais. Também convida ao renascimento e ao mistério da vida e traz o questionamento ‘mas o que é a morte, afinal?’ Para os oráculos, não anuncia um fim, mas sim uma abertura para recomeços. Após períodos de sobrecarga mental ou energética, essa lâmina traz a promessa de renovação e novos inícios”.

A numerologia kármica é uma vertente da numerologia que se foca em entender as lições e desafios que estamos destinados a enfrentar nesta vida com base nas nossas ações passadas.

De acordo com essa prática, nossos atos e escolhas em vidas anteriores influenciam nosso comportamento e as situações que enfrentamos na vida atual. Com isso, a especialista explica que, quando se considera a vibração do número 13, que é a soma dos números 1 e 3, há o resultado do número 4, sendo:

Observando essa dinâmica na numerologia e no oráculo, é possível entender que as vibrações da sexta-feira 13 têm o potencial de promover mudanças significativas, especialmente se cada indivíduo aprender a reconhecer suas limitações e a revisar suas escolhas de vida. “Aproveitar essa data para se libertar de tudo o que limita e fere a alma pode trazer grandes transformações”, aconselha.

Solange também recomenda que na data, aconteça a exploração das próprias capacidades, a libertação dos dogmas e o abandono das correntes. “Você é livre, carrega o seu poder de escolha. Portanto, acorde nesta sexta-feira 13 de maneira diferente. Siga seu dia em paz com você mesmo. Não há o que temer. O “mal” só pertence aos que se assemelham a ele — em comportamento ou pensamento”.

Solange adverte que será necessário estabelecer acordos verdadeiros e parcerias genuínas para que o dia 13 se torne um marco de abertura de oportunidades e produtividade sincera.

“É essencial pensar no coletivo, afastar-se do egoísmo e do apego individual para que a tão almejada cura deste planeta possa se expandir através da união. O caminho já foi iniciado e será evidenciado nesta sexta-feira, 13 de setembro. Haverá uma demanda por mais empatia, calor humano e dedicação. Assim, será possível reconhecer o momento ideal para encerrar ciclos ou persistir neles. As vibrações desse dia estão direcionadas para que uma parcela maior da humanidade desperte, eliminando a negligência e a opressão que ainda aprisionam muitos em limitações nos diversos setores da vida”, diz.

Nesta revolução, todos os signos do zodíaco estão sendo desafiados e lapidados. “Permita-se adaptar ao novo e deixe-se conduzir por uma sexta-feira 13 transformadora, onde tudo ganhará um novo sentido e um novo tempo surgirá. Sem correntes, sem dogmas – você é a sua maior promessa”, complementa.

[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/