Virginia: saiba o que é Implanon, método contraceptivo usado pela influencer

Saúde

A influenciadora digital Virginia Fonseca, 25, surgiu nas redes sociais na última quarta-feira (2) se preparando para colocar um implante de etonogestrel, também conhecido pelo nome comercial Implanon, e aprovado como método contraceptivo. Na sequência de stories, ela revelou que não quer mais ter filhos.

O Implanon é um implante subcutâneo em forma de haste flexível de, aproximadamente, 4 cm de comprimento. De acordo com o ginecologista e obstetra Paulo Sérgio Cossi, o implante de etonogestrel, como o Implanon, é indicado como método contraceptivo de longa duração, que pode durar até três anos no corpo.

Porém, existem, ainda, implantes para o tratamento da endometriose (implante de gestrinona) e para a reposição hormonal na menopausa (implantes de estradiol e testosterona).

O Implanon é colocado na face interna do braço, logo abaixo da pele. A colocação é feita por uma pequena incisão na pele, usando-se uma cânula fina semelhante à de lipoaspiração.

Após três anos, o implante é retirado por meio de uma incisão mínima para remoção dos tubetes de plástico com auxílio de uma pinça. Tanto a colocação quanto a retirada devem ser feitas por um profissional de saúde especializado.

De acordo com Cossi, a principal vantagem do implante contraceptivo de etonogestrel é que ele funciona de forma independente, ao contrário das pílulas anticoncepcionais que devem ser lembradas de serem tomadas diariamente para que a contracepção ocorra. “O hormônio é liberado continuamente, evitando a gravidez, o que aumenta a eficácia do método”, afirma o ginecologista.

Por isso, o Implanon é um método contraceptivo indicado para pacientes que têm dificuldade de aderir ao uso diário da pílula anticoncepcional. Além disso, ele é indicado para mulheres que não desejam engravidar em um período de, pelo menos, três anos. Por outro lado, é um método reversível: ou seja, pode ser retirado a qualquer momento por um profissional de saúde.

Outro ponto positivo é que ele pode ser usado por mulheres que estão amamentando — como o caso de Virginia — e por mulheres que não podem usar outros métodos contraceptivos.

Assim como outros métodos anticoncepcionais, o implante subcutâneo pode apresentar efeitos colaterais adversos. É o caso de sangramentos irregulares, o que pode, ocasionalmente, levar à sua remoção, segundo Cossi.

Também podem ocorrer sintomas como dor de cabeça e a ausência da menstruação.

Por outro lado, de acordo com o ginecologista, o risco de trombose é minimizado com o uso de implantes contraceptivos. “Isso acontece porque os hormônios dos implantes entram diretamente na corrente sanguínea, sem passar inicialmente pelo fígado”, explica.

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[*] – Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/